sexta-feira, 16 de maio de 2014

O Capital no Século XXI

       Thomas Piketty discute o “Capital no Século XXI”

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Ryan Grim do HuffPost conversa com Thomas Piketty sobre o seu novo livro, Capital no Século XXI“. O economista também discute a disparidade de riqueza em todo o mundo, os “1%”, o problema com grandes salários dos CEO e oferece soluções sobre como parar a crescente divisão entre ricos e pobres.

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   Ryan Grim do HuffPost conversa com Thomas Piketty sobre o seu novo livro, Capital no Século XXI“. O economista também discute a disparidade de riqueza em todo o mundo, os “1%”, o problema com grandes salários dos CEO e oferece soluções sobre como parar a crescente divisão entre ricos e pobres.  Por: 8 de Julho de 2014 por 
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A chamada crise das dívidas soberanas, como recordou Paul de Grauwe na Gulbenkian, nunca foi uma crise de finanças públicas, foi sempre uma crise que se deve a uma arquitectura monetária disfuncional e que foi agravada pela obsessão em reduzir os défices públicos através da austeridade.

                       
Qual o principal contributo do livro-estrela de Thomas Piketty?


Qual o principal contributo de “O Capital no Século XXI”, o sucesso de vendas do momento do economista Thomas Piketty para a economia e melhor compreensão do sistema capitalista e organização do mundo Thomas Piketty e O Capital no Século XXI“) e da qual destacamos o seguinte excerto:
“(…) Ora, a novidade do livro está precisamente na sua tese principal sobre esses mecanismos. Podemos dividi-la em dois pontos fundamentais e formulá-la deste modo:
(1) A história económica dos últimos 220 anos em mais de 20 países mostra que o capitalismo é um sistema de produção que, excepto em circunstâncias muito particulares, gera enormes desigualdades na repartição da riqueza — e isso fundamentalmente porque, nesse sistema, a “taxa de rendimento do capital” (r) tende a ser, em média e no longo prazo, maior do que a “taxa de crescimento da produção” (g), ou seja, porque, tendencialmente (ou segundo um padrão que se verifica no longo prazo), r > g;
(2) o que isso significa é que o capitalismo foi sempre — e continua a ser hoje, na época da sua maior globalização e financiarização — um capitalismo patrimonial, isto é, um sistema de produção e distribuição de rendimento que, a partir de uma maior ou menor desigualdade inicial, gera sempre, de forma endógena e progressiva, acumulação e concentração de património (ou capital) nas mãos de uma percentagem muito minoritária de famílias. No longo prazo e na medida em que r > g (ou seja, na medida em que “as pessoas com riqueza herdada só precisam de poupar uma porção do seu rendimento sobre o capital para que este capital cresça mais depressa do que a economia como um todo”), uma sociedade capitalista acaba sempre por ser uma “sociedade de herdeiros”.
O ponto (1) é novo na teoria económica porque é nova a ideia de que a história do capitalismo revela o padrão r > g e, portanto, é nova a tese de que este padrão é, na verdade, o principal mecanismo que explica por que razão o capitalismo gera desigualdades de forma endógena. Esta ideia de um “mecanismo” — como mecanismo endógeno e historicamente comprovado — tem uma força imensa. O tempo dirá se é ou não descabido fazer a seguinte analogia: tal como a força e a novidade do pensamento de Darwin consistiu, não na descoberta da evolução das espécies, mas antes na descoberta de um mecanismo (a “selecção natural”) que explicava a evolução das espécies e a tornava plausível, assim também a força e a novidade do pensamento de Piketty consiste, não certamente na descoberta da desigualdade, mas antes na descoberta do mecanismo que a explica e que a mostra ser intrínseca ao capitalismo.
O ponto (2) é novo na teoria económica porque, nas últimas décadas, os estudos sobre as desigualdades pressupuseram, no fundo, uma sociedade de empreendedores e não de herdeiros. Por isso, tais estudos trataram essencialmente das desigualdades no rendimento do trabalho (por exemplo, da diferença entre os salários do 1% mais bem pago e os salários dos restantes 99%). Não contaram com o r = “taxa de rendimento do capital”, pois não calcularam o valor de ? = a ratio entre o capital acumulado e a produção anual de um país (PIB). Segundo os números de Piketty e do vasto número de economistas que com ele colaboram, num país do primeiro mundo o capital acumulado (i.e. o património ou riqueza) tende a ser cerca de 600% do PIB, ou seja, um tal país precisa de 6 anos para produzir um rendimento equivalente à riqueza que já foi acumulada e que, portanto, já existe como património ou capital (basicamente privado) desse país. O principal factor do progressivo aumento das desigualdades num país deste tipo é a taxa de retorno desse capital acumulado, ou seja, o facto de essa taxa de retorno permitir níveis de poupança (s) que o rendimento do trabalho não pode proporcionar. Portanto, o capitalismo é, de facto, o sistema do “empreendedor” — mas todo o empreendedor, se tem sucesso, acaba por ter rendimentos sobre o seu capital (como todo o “rentista” do século XVIII ou XIX) e, dessa forma, acumular um património que tenderá a ser legado e a crescer na geração seguinte. O mecanismo que explica a desigualdade e que a mostra ser intrínseca ao capitalismo é um mecanismo de acumulação patrimonial, portanto um mecanismo pelo qual, como diz Piketty, “o passado tende a devorar o futuro”: não só o rendimento sobre o capital tende a crescer em percentagem em relação à totalidade do rendimento nacional, como as fortunas que eram maiores no passado tendem a tornar-se ainda maiores no futuro.(…)” Por: João Constâncio / Economia


“A dívida de Portugal vai ser reestruturada. É tão simples quanto isso”

by As Minhas Leituras
Thomas Piketty é visto como o "economista da esquerda", mas repete que "há questões que estão para além da esquerda e da direita". Critica as "más instituições" e "más decisões" da Europa, que criou "uma crise a partir do nada". Há dois anos, Thomas Piketty saltou com o seu livro O Capital no Século XXI […]



Outros Interessantes:


                         
CARLOS CARVALHAS NO ENCONTRO NACIONAL DO PCP

«(...) Em relação à dívida do país em primeiro lugar é preciso recordar que a dívida privada é superior à dívida pública, coisa que esses senhores sempre escondem.

Segundo, é preciso também lembrar que em relação à dívida pública Portugal em 2007, ano em que a crise rebentou tinha uma dívida de 68,4% do PIB, ao nível da zona Euro, inferior à de países como a Itália, Bélgica, praticamente igual à da França e da Alemanha.

O que se passa então para a dívida subir em flecha? Foi porque o Estado passou a gastar muito mais na saúde, no ensino, na investigação? Não! A subida em flecha da dívida pública deu-se devido à quebra de receitas provocadas pela crise, porque no essencial o Estado tomou nas suas mãos o desendividamento e a capitalização da banca. 

Os trabalhadores, os pensionistas e os pequenos e médios empresários têm estado a pagar o desendividamento da banca ao serviço dos banqueiros e dos grandes accionistas. Não é só o caso dos milhões e milhões enterrados no BPN, no BCP, no BPP, no Banif, são também os milhões que a banca ganha com o Estado, comprando dívida pública que lhes rende juros de 4,5,6% e que depois os deposita no BCE como colaterais, recebendo iguais montantes a 0,25%, os milhões que recebem em benefícios fiscais, os milhões que têm ganho com as PPP's e até com as rendas excessivas, pois no final são eles que estão por detrás de tais operações e empresas! (...


Defender a verdade - A mentira da Bancarrota

O primeiro erro, e talvez o mais grave, cometido pelo Partido Socialista nos últimos três anos foi ter desistido de contestar a tese da direita sobre as razões da crise. Deixámos que se consolidasse no país a ideia de que estamos em crise porque o governo anterior gastou de maisAlguns acharam que esta tese era tão poderosa e estava tão disseminada junto da população portuguesa que não valia a pena contestá-la e que seria melhor afirmar o início de um novo ciclo no PS e esperar que o povo atribuísse as responsabilidades ao anterior primeiro-ministro socialista e poupasse a nova direcção do partido. Se havia uma razão táctica por trás de tal atitude, também não é menos verdade que alguns dos actuais dirigentes nacionais partilhavam mesmo a tese da direita, o que ainda dificultava mais a sua contestação e a afirmação de uma alternativa política.

Para convencer os outros de que é possível fazer diferente, primeiro é preciso acreditar genuinamente nisso, e não era o que parecia quando ouvíamos alguns porta-vozes do PS para a área económica. Se tivéssemos optado por combater activamente a tese do despesismo como explicação da crise, talvez não tivéssemos convencido todos os portugueses, mas pelo menos não deixávamos a direita definir os termos do debate sem oposição.

É mais difícil combater a austeridade quando deixamos que se instale, sem contestação, a ideia de que a dívida cresceu intensamente porque se gastou de mais e não como consequência do funcionamento dos estabilizadores automáticos. Além disso, como muitos alertaram, não era por não falarmos do assunto que o povo português iria esquecer-se dele ou distinguir o PS de ontem do PS de hoje ou que a direita iria parar de nos acusar de sermos responsáveis pela bancarrota, como aliás se viu na última campanha para as europeias. Contestar a tese do despesismo como causa da crise não era defender José Sócrates, era defender a verdade.
Por: Por Pedro Nuno Santos / I /publicado em 11 Jun 2014 - 05:00



Presente na conferência internacional organizada pelo Banco Central Europeu (BCE) que desde domingo decorre em Sintra, o prémio Nobel da Economia de 2008, Paul Krugman, considerou que Durão Barroso entrou em profunda negação ao considerar que o euro não teve nada a ver com a crise que tudo resultou de políticas falhadas ao nível nacional e à falta de uma vontade política.
Para Paul Krugman o que aconteceu foi o seguinte: primeiro a criação do euro encorajou fluxos de capital para o sul da Europa, depois o dinheiro secou -- e a ausência de moedas nacionais significou que os países endividados tiveram de se submeter a um processo de deflação extremamente doloroso", afirma o economista, que tem sido muito crítico das políticas de austeridade na Europa.


Em três anos, de junho de 2011 a junho de 2014, a dívida pública cresceu 18%, situando-se em 225 mil milhões de euros. Temos uma dívida cada vez mais pesada e debilitante. O que em 2011 era um elefante passou a mastodonte, transfigurando-se a cada dia num monstro atravessado nos caminhos do futuro de gerações.

Joseph Stiglitz: A austeridade é um "completo fracasso"

Stiglitz acredita que a austeridade tem os dias contados
D.R.
20/08/2014 | 15:03 |  Dinheiro Vivo

As políticas de austeridade levadas a cabo um pouco por toda a Europa são "um completo fracasso e devem ser reconhecidas enquanto tal". Quem o diz é, mais uma vez, Joseph Stiglitz, nobel da Economia e crítico feroz das ferramentas utilizadas pela Zona Euro nos últimos anos.

"Um pouco por toda Europa há economistas a dizer que a austeridade falhou e que devem ser seguidas novas políticas onde, pelo menos, há uma esperança de que possam funcionar", admitiu em entrevista à Bloomberg.
O economista entende que "o crescimento marginal e o enorme desemprego em vários países da Europa" provam que as medidas adoptadas "não estão a funcionar" e que a estratégia da Europa devia mudar radicalmente sob pena de se regressar a uma nova recessão.
Como? Com uma "alteração na estrutura da zona euro", que deve passar por uma união bancária e por uma união orçamental. "Todos concordam que a união bancária é uma coisa boa, mas está a avançar muito lentamente", por isso, são necessárias resoluções bancárias rápidas que "garantam os depósitos", ou "o dinheiro vai voar dos países fracos para os países fortes e os fracos só vão ficar mais fracos", contrariamente à filosofia inicial da zona euro de aproximar os Estados.
Além disso, o nobel admite que a zona euro precisa de começar a pensar nas Eurobonds, para se aproximar de uma união orçamental. Com emissões de dívida conjuntas, Stiglitz lembra que os Estados poderiam conseguir "empréstimos com a força do todo" o que levaria as taxas de juro para valor idênticos aos dos Estados Unidos.
A este propósito diz ainda que "a realidade económica vai pressionar" as decisões e que por isso, a oposição de países como a Alemanha acabará por deixar de existir.
Porquê? Porque não podem falhar novamente, diz. "Todos achavam que a austeridade era a solução e agora a Europa está a pagar o preço da austeridade".

Estou farto deles.
A zona euro está a ser governada por gente que professa um desrespeito infinito pela democracia. Gente que não crê no império da lei e menos ainda, na sã concorrência do mercado livre capitalista. Gente viciada no jogo da batota do casino de crédito financeiro. Gente habituada a parasitar a economia real - aquela que
produz riqueza material, tangível, fungível e transaccionável, ao contrário da indústria da especulação financeira que apenas cria "dívida" - impagável!...
Joe Wolf





ISTO SÓ É POSSÍVEL COM A DESTRUIÇÃO DO VALOR DO TRABALHO

O governo da corja, ao colocar de pantanas a legislação laboral a favor do patronato capitalista, transferiu as mais valias produzidas pelo trabalho para o capital, com medidas que vão desde a redução do TSU do patronato, a diminuição dos impostos ao capital empresarial e o aumento da carga dos impostos sobre quem trabalha com os salários congelados, com a criação dum exército de 1 Milhão e 400 mil desempregados como fonte de recrutamento de mão d'obra barata e precária, e com a canalização de recursos públicos para o
sector empresarial privado, retirados das obrigações do Estado Social de que o governo se demitiu. Passos Coelho restaurou o corporativismo do sistema salazarista, privilegiando os empresários-capitalistas deste regime que são a sua base de sustentação.
Os cortes dos salários directos, a enorme subida da carga fiscal e as escolhas de incidência nela feitas e a redução dos salários indiretos - traduzida em compressão da esfera de direitos ligados à condição laboral e dos direitos sociais e económicos em geral, bem como dos serviços públicos que lhes servem de garantia universal - são apenas as faces mais visíveis dessa escolha ideológica do protofascista Passos Coelho.


Porque é que sou defensor de um pale do Estado interventivo na Economia ?
Porque é que defendo que o Estado, neste momento, deve assumir um papel activo , nomeadamente no que se refere ao Investimento Público ?
Porque é que defendo que se o Estado o não fizer não podemos estar á espera , estilo " Mão Invisível " , que os privados o façam ?
Porque é que apesar dos problemas do Deficit Orçamental e da Dívida Pública , na minha opinião o Estado deve intervir ?
Na Nota em anexo tento explicar de uma forma entendível qual a minha perspectiva.
https://www.facebook.com/notes/jaime-freitas/o-problema-do-investimento-o-deficit-e-a-divida-publica/820526961314961

  • Uma das consequências do modelo económico seguido pelo actual Governo , na sequência e para além do modelo defendido pela Troika , prende-se com o investimento.

  • A variável Investimento é das mais importantes na economia de um país não só pelas implicações no crescimento económico, como no efeito de arrasto no resto da ...
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