sexta-feira, 5 de julho de 2013

Ferreira Leite O Segundo Resgate

                      

"Ferreira Leite "Receio que estejamos muito pior do que pensamos"

"A antiga ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, teme que a situação do País seja “muito pior do que aquela do que pensamos”, assinalando ainda, na antena da TVI24, que a demissão de Vítor Gaspar, e mesmo de Paulo Portas, poderá estar associada à inevitabilidade de um segundo resgate financeiro, ainda que tal tenha sido omitido.

Tenho receio de que estejamos numa situação muito pior do que aquela que nos é dado saber”. As palavras pertencem à antiga ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, que, ontem à noite, na antena da TVI24, avançou com a possibilidade de a demissão de Vítor Gaspar, e inclusive a de Paulo Portas, poderão não ser alheias à necessidade encapuzada de um País ter de vir a enfrentar um segundo resgate financeiro.

“Mais do que qualquer outra pessoa, o ministro das Finanças sabe quais são as consequências de uma decisão desta natureza”, começou por sublinhar Ferreira Leite, acrescentando: “Eu gostava por exemplo de saber o que é que o ministro das Finanças pensava sobre a possibilidade ou não de um segundo resgate. Um segundo resgate escondido? Evidentemente que pode estar escondido. Nós acabámos por não conseguir atingir nenhum dos objectivos a que nos tínhamos proposto, pode estar a preparar-se o caminho para se dizer que tudo isto aconteceu devido à ausência do ministro das Finanças”.

Já no que à saída do líder do CDS e ministro demissionário dos Negócios Estrangeiros diz respeito, a ex-governante considera que a mesma suscita “exactamente a mesma
dúvida”, podendo indiciar que Portas “esteja a querer saltar fora num momento em que sabe que estar dentro pode ser bastante desgastante do ponto de vista político”.

Ao mesmo tempo, a também antiga presidente do PSD fez sobressair que não tem dúvida alguma de que “se o Presidente da República vir a coligação desfazer-se, com certeza que toma uma decisão. Não se pode é pedir que o faça em 24 horas”.

Manuela Ferreira Leite partilhou ainda a convicção de que “mesmo que a coligação se recomponha, será uma recomposição um bocadinho formal como aqueles casais que não se divorciam formalmente e vivem sobre o mesmo tecto”, pelo que dificilmente “o Governo chegará ao fim do mandato”. 05 de Julho de 2013 | Por Notícias Ao Minuto



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Entrevista a João Cravinho

O socialista João Cravinho foi deputado, eurodeputado, ministro da Indústria, ministro do Planeamento e do Equipamento, e administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento.

João Cravinho considera que Portugal nunca terá um segundo resgate, porque isso significaria assumir o falhanço do primeiro. “Quando esta gente se afadiga se chegamos ao cautelar ou não, eles já sabem que esse problema está resolvido”, argumenta.

Nesta entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, João Cravinho afirma que Portugal não terá condições nos próximos dez anos para se livrar da influência alemã.
ttp://www.rtp.pt/antena1/?t=Entrevista-a-Joao-Cravinho.rtp&article=7216&visual=11&tm=16&headline=13




















Vítor Gaspar
D.R.
19/03/2014 | 13:32 | Dinheiro Vivo
Vítor Gaspar recordou, num debate entre vários ministros das Finanças onde estava Manuela Ferreira Leite, que o bisavô da ex-ministra recusou um acordo com os credores no final do século XIX, precipitando a bancarrota e o incumprimento do país em 1892.No Fórum das Políticas Públicas, que decorre no ISCTE, em Lisboa, Gaspar, um defensor acérrimo da ortodoxia monetária, que está em trânsito para um lugar de topo no FMI, fez críticas duríssimas ao antepassado de Manuela Ferreira Leite, sentada à sua frente no painel.
José Dias Ferreira, presidente do conselho de ministros na altura da bancarrota de finais do século XIX (de 1892 a 1893), foi, na opinião de Gaspar, quem espoletou o incumprimento soberano do país porque "Dias Ferreira rejeitou o convénio com os credores proposto por Joaquim Pedro Oliveira Martins [o ministro da Fazenda ou das Finanças na altura]". "A resposta de Dias Ferreira foi que não se devia pagar", atirou.
Na sequência de uma grave crise financeira, a bancarrota de Portugal haveria de acontecer em 1892. O governo cairia no ano seguinte.
Ironia da História, o ministro da Fazenda Oliveira Martins, que tanto fascina Gaspar, é o tio-bisavô de Guilherme d'Oliveira Martins, atual presidente do Tribunal de Contas.
Perante o olhar atento de Manuela Ferreira Leite, Vítor Gaspar recuou ainda mais, ao século XVIII, e lembrou que os fundamentos do bom crédito público foram original e "cristalinamente" sistematizados por Alexander Hamilton, o primeiro secretário de Estado do Tesouro dos Estados Unidos.

Nicolau Santos, 'As certezas incertas de 2014' 
[hoje no Expresso/Economia]:
‘O fim do ajustamento é, salvo alguma nova crise política ou algum acontecimento internacional que faça deflagrar as taxas de juro, um dado adquirido. A troika está desejosa de provar ao mundo que a sua receita não resulta apenas em países anglo-saxónicos, como a Irlanda, mas que também obtém resultados em países latinos, tradicionalmente indisciplinados em matéria de finanças públicas. Além de mais, todo o processo de ajustamento foi manchado ou por pressupostos que se revelaram falsos ou incorretos (austeridade expansionista que não funcionou, multiplicadores orçamentais subvalorizados, dívida acima de 90% que reduzia drasticamente o crescimento e não se confirmou), ou por resultados que não eram os previstos (explosão do desemprego, afundamento muito superior da procura interna, recessão mais profunda e mais longa do que o esperado), ou pela demissão do seu maior defensor e garante, o ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que deixou como testamento político uma carta de demissão onde reconhecia que o programa tinha falhado os seus objetivos essenciais (cumprimento das metas para o défice e para a dívida) e existiam efeitos "muito graves" ao nível do desemprego e do desemprego jovem.

A troika quer fazer esquecer todos os erros e portanto tudo fará para que no final de junho de 2014 termine o programa de ajustamento para poder anunciar como uma vitória aquilo que manifestamente se tratou de um processo de experimentalismo económico e social que não correu nada bem.
Contudo, há mais um falhanço inscrito no horizonte. Com efeito, ninguém nos disse que após o programa de ajustamento teríamos de embarcar noutro navio, agora designado programa cautelar, sob risco de não conseguirmos flutuar em matéria de financiamento internacional pelos nossos próprios meios quando nos libertarmos do triunvirato troikista.

Incumprimentos da Dívida, só na Europa: 
Alemanha (1932, 1939, 1948)
    Hesse (1814)
    Prussia (1807, 1813)
    Schleswig-Holstein (1850)
    Westphalia (1812)
Áustria-Hungria (1796, 1802, 1805, 1811, 1816, 1868)
Áustria (1938, 1940, 1945)
Bulgária (1932, 1990)
Croácia (1993–1996)
Dinamarca (1813)
Espanha (1557, 1560, 1575, 1596, 1809, 1820, 1831, 1834, 1851, 1867, 1872, 1882, 1936-1939)
França (1812)
Grécia (1826-1842, 1843-1859, 1860-1878, 1894-1897, 1932-1964, 2010)
Hungria (1932, 1941)
Países Baixos (1814)
Polónia (1936, 1940, 1981)
Portugal (1828, 1837, 1841, 1845, 1852, 1890)
Reino Unido (1822, 1834, 1888–89, 1932)
Roménia (1933)
Rússia (1839, 1885, 1918, 1947,1957, 1991, 1998)
Suécia (1812)

Plano Marshall: em 1960, SÓ TINHAM SIDO REEMBOLSADOS cerca de 20% do total de 13.325,8 MILHÕES DE DÓLARES DA ÉPOCA emprestados em 1948, e os 80% RESTANTES FORAM CONSIDERADOS DÁDIVA DO POVO AMERICANO!!!

França: o Franco desvalorizou 60% (!!!) em 26 Dezembro 1945 por causa do acordo de Bretton Woods, em 1948 desvalorizou mais 44,4%, em 1949 mais 22,27%, e em 1958, De Gaule desvaloriza mais 17,5% e cria o "Nouveau Franc". 
Por: Olisipone 











































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